Corpos imunes ao HIV

06/05/2010 às 3:24 PM | Publicado em HIV/AIDS, Vacina | Deixe um comentário

Tive um bate papo um tanto polêmico na última terça-feira sobre o surgimento e a possível cura da AIDS com um colega biólogo e a querida Carolina Beu. Teorias conspiratórias a parte, Carol me contou sobre uma reportagem que ela viu há alguns anos sobre prostitutas africanas que seriam imunes ao vírus da AIDS.

Procurei na internet sobre o assunto e encontrei essa reportagem da Veja que mostra que um grupo de 200 garotas de programa de Nairóbi, no Quênia, – apesar de manterem cerca de dez relações por dia e viverem em condições precárias que agravam o risco de infecção – simplesmente não estão contaminadas por HIV.

A explicação estaria em uma célula denominada CTL que identifica e destrói células infectadas por vírus ou tumores, mas que normalmente não consegue combater o HIV. Contudo, essas mulheres possuem CTL forte o suficiente para destruir as células infectadas e sua eficácia é aumentada a cada “guerra” travada com o vírus.

Hoje me deparei com esta notícia no site da Agência Fapesp: “Imunidade natural contra HIV”. O texto fala justamente sobre a imunidade inata que algumas pessoas têm e que foi objeto de um estudo de professores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Instituto Médico Howard Hughes. Esses indivíduos demorariam mais para apresentar sintomas da doença ou até jamais a desenvolveria, mesmo sem o auxílio de medicação.

De acordo com pesquisas realizadas na década de 1990, um a cada 200 infectados possuíam essa característica e tinham em comum o gene chamado HLA B57. O estudo do MIT demonstrou a atuação desse gene e afirma que ele é capaz de fazer com que o organismo produza mais glóbulos brancos que protegem o corpo de infecções, ou seja, exerce maior controle sobre o vírus HIV e suas mutações. A descoberta deve ajudar pesquisas para o desenvolvimento de vacina contra a doença.

Um pouco sobre HIV e AIDS.

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